A disputa por cargo majoritário exige mais que uma simples legenda partidária. É preciso uma estrutura eficiente
A prefeita Luizianne Lins está reeleita, e no primeiro turno da disputa, porque teve mais votos, óbvio. E teve mais votos porque eram muito fracos os seus adversários, como demonstrado ficou ao longo da campanha eleitoral. Moroni e a senadora Patrícia Saboya, para ficarmos apenas nestes, não se prepararam para a disputa como os tempos de hoje ditam ser qualquer campanha majoritária. Eles não tinham a estrutura material e política suficientes para o enfrentamento, principalmente com quem estavam disputando, ou seja, com quem reunia algumas ´excelentes e especiais´ condições de disputa, no caso Luizianne Lins.
A ambos ficou provado que faltava, sobretudo, uma estrutura partidária que lhes respaldassem naquilo que se chama de equipe, ou o séquito. Faltou aos dois a pecúnia suficiente para satisfazer as exigências mínimas de uma campanha que requer muito mais do que umas poucas salas que sejam chamadas de comitê. Além do mais, faltou, a ambos, a apresentação de propostas factíveis que pudessem sensibilizar o eleitorado fortalezense no projetar da cidade para as próximas décadas, dever de qualquer administração que se proponha eficiente. Eles praticamente se limitaram a dizer que iriam fazer o que a prefeita anunciava já estar sendo feito no seu Governo. Muito pouco, diga-se de passagem.
Para a disputa de qualquer mandato eletivo, ainda mais majoritária, não só basta ao candidato a legenda partidária. É preciso muito mais. O DEM, partido do Moroni, é só o próprio. O único deputado estadual do partido, Edson Silva, votou contra o correligionário. O PP, a quem se aliou o DEM, é liderado em Fortaleza por um neófito, pouco respaldo podendo oferecer a um candidato que precisava de muito mais, até pelo fato de estar com o peso de duas derrotas: a de prefeito para a própria Luizianne, em 2004, e ao Senado, na chapa liderada pelo ex-governador Lúcio Alcântara, em 2006.
O PDT, também muito pouco tinha para alavancar a candidatura de Patrícia. Unido, a agremiação já é muito pequena para sustentar uma candidatura majoritária, quanto mais dividido como estava em razão do modo como a própria senadora chegou lá para ser candidata a prefeita, depois de lhe ter sido negada legenda no PSB.
Não fosse o deputado federal Ciro Gomes, arrostando todas as conseqüências de uma infidelidade partidária, posto que sendo do PSB, aliado do PT de Luizianne, não lhe era permitido fazer campanha para outro candidato, Patrícia teria ido para as ruas de Fortaleza praticamente sozinha, vez que seus aliados do PSDB não são bem acolhidos eleitoralmente na Capital, como têm mostrado as urnas nas últimas eleições.
O tudo que Luizianne tinha para ganhar as eleições era exatamente a falta de adversários que contestassem os seus argumentos para continuar na Prefeitura. Contestação consistente, acompanhada de elementos igualmente fortes,capazes de ser absorvidas pelo eleitorado. Nada disso aconteceu.
Ao contrário. A prefeita foi quem conduziu o pouco da discussão travada ao correr da campanha. E por mais paradoxal que seja, os concorrentes ainda faziam questão de afirmar que iam fazer o que ela proclamava estar fazendo. Então, por que trocar quem está fazendo por quem afirma que iria executar o mesmo, sem qualquer outra novidade que garantisse um efetivar melhor daquilo declarado estar sendo executado no momento? Os demais candidatos, além de não guardarem qualquer chances de disputa, também pouco ou quase nada contribuíram para o debate que esperávamos.
A ambos ficou provado que faltava, sobretudo, uma estrutura partidária que lhes respaldassem naquilo que se chama de equipe, ou o séquito. Faltou aos dois a pecúnia suficiente para satisfazer as exigências mínimas de uma campanha que requer muito mais do que umas poucas salas que sejam chamadas de comitê. Além do mais, faltou, a ambos, a apresentação de propostas factíveis que pudessem sensibilizar o eleitorado fortalezense no projetar da cidade para as próximas décadas, dever de qualquer administração que se proponha eficiente. Eles praticamente se limitaram a dizer que iriam fazer o que a prefeita anunciava já estar sendo feito no seu Governo. Muito pouco, diga-se de passagem.
Para a disputa de qualquer mandato eletivo, ainda mais majoritária, não só basta ao candidato a legenda partidária. É preciso muito mais. O DEM, partido do Moroni, é só o próprio. O único deputado estadual do partido, Edson Silva, votou contra o correligionário. O PP, a quem se aliou o DEM, é liderado em Fortaleza por um neófito, pouco respaldo podendo oferecer a um candidato que precisava de muito mais, até pelo fato de estar com o peso de duas derrotas: a de prefeito para a própria Luizianne, em 2004, e ao Senado, na chapa liderada pelo ex-governador Lúcio Alcântara, em 2006.
O PDT, também muito pouco tinha para alavancar a candidatura de Patrícia. Unido, a agremiação já é muito pequena para sustentar uma candidatura majoritária, quanto mais dividido como estava em razão do modo como a própria senadora chegou lá para ser candidata a prefeita, depois de lhe ter sido negada legenda no PSB.
Não fosse o deputado federal Ciro Gomes, arrostando todas as conseqüências de uma infidelidade partidária, posto que sendo do PSB, aliado do PT de Luizianne, não lhe era permitido fazer campanha para outro candidato, Patrícia teria ido para as ruas de Fortaleza praticamente sozinha, vez que seus aliados do PSDB não são bem acolhidos eleitoralmente na Capital, como têm mostrado as urnas nas últimas eleições.
O tudo que Luizianne tinha para ganhar as eleições era exatamente a falta de adversários que contestassem os seus argumentos para continuar na Prefeitura. Contestação consistente, acompanhada de elementos igualmente fortes,capazes de ser absorvidas pelo eleitorado. Nada disso aconteceu.
Ao contrário. A prefeita foi quem conduziu o pouco da discussão travada ao correr da campanha. E por mais paradoxal que seja, os concorrentes ainda faziam questão de afirmar que iam fazer o que ela proclamava estar fazendo. Então, por que trocar quem está fazendo por quem afirma que iria executar o mesmo, sem qualquer outra novidade que garantisse um efetivar melhor daquilo declarado estar sendo executado no momento? Os demais candidatos, além de não guardarem qualquer chances de disputa, também pouco ou quase nada contribuíram para o debate que esperávamos.
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