Cúpula do PSDB à espera de convite de Lula para conversa
Senador Arthur Virgilio, líder tucano, teria sido procurado pelo petista Tião Viana com um recado do presidente Lula, que estaria pronto para receber a oposição. Na pauta, a crise institucional aberta com a suspeita de grampos no ministro Gilmar Mendes, presidente do STF
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), aguarda uma formalização, por parte do governo, de convite para uma conversa entre a cúpula do partido e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele confirmou que, no início da semana, foi procurado pelo primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), para tratar do assunto.
Segundo Virgílio, o senador do PT propôs uma conversa institucional entre o PSDB e o presidente Lula para discutir a crise gerada nos Três Poderes em torno das denúncias de gravações clandestinas de conversas dos presidentes do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, e do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), e outros senadores, entre os quais Demóstenes Torres (DEM-GO), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Tião Viana e Arthur Virgílio. As informações são da Agência Brasil.
Interlocutor
"Ele (Tião Viana) me disse que estava preocupado e se sentindo desrespeitado com esses grampos", afirmou o líder do PSDB sobre sua conversa com o primeiro vice-presidente. Arthur Virgílio defendeu que o seu partido "não pode desdenhar de um assunto desse porte", e acrescentou que "o clima de confronto permanente é uma coisa que, se Tancredo Neves e Ulysses Guimarães fossem vivos, não aconselhariam".
Arthur Virgílio ainda advertiu para que, em um momento de crise como a gerada pela divulgação de grampos no STF, no Senado e até nos telefones que servem à chefia de gabinete do presidente da República, não haja qualquer resistência política da oposição numa eventual conversa com o presidente.
"Se vocês pegarem os meus pronunciamentos vão ver que não há ninguém no Senado que bata mais no governo do presidente Lula do que eu. No entanto, não quero ter uma relação de confronto com ninguém. Sou oposição ao governo, mas não estou de mal do presidente Lula", afirmou o líder do PSDB.
E mais...
- O ministro Paulo Vannucchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, disse que "há uma banalização dos grampos" telefônicos do País, o que ele considerou não ser "compatível com a democracia, com a liberdade, com os direitos humanos e que tem de ser corrigido".
- "Ninguém sabe dizer o número de telefones que estão sob escuta", disse ele, acreditando que "o Brasil vai aproveitar para tirar lições e criar leis e portarias internas que aperfeiçoem, para disciplinar e para que isso não prossiga desta forma. Não é admissível a idéia que os cidadãos não possam conversar livremente pelos seus telefones".
- O ministro Jorge Felix (Gabinete de Segurança Institucional) irá à Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional na próxima terça-feira para prestar esclarecimentos sobre a suspeita de que servidores da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) grampearam ilegalmente autoridades dos três Poderes.
- A Comissão tem como prerrogativa acompanhar e fiscalizar os órgãos de inteligência do governo federal. A Comissão Mista de Controle de Órgãos de Inteligência do Congresso Nacional foi criada junto com a Abin, em 1999, e funciona como órgão de controle externo das atividades da agência.
- A última vez que o grupo se reuniu, de acordo com histórico das atas do site do Senado, foi em abril de 2005. Naquele ano, os congressistas discutiram relatório da Abin que relatava doação de US$ 5 milhões das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) ao PT.
Senador Arthur Virgilio, líder tucano, teria sido procurado pelo petista Tião Viana com um recado do presidente Lula, que estaria pronto para receber a oposição. Na pauta, a crise institucional aberta com a suspeita de grampos no ministro Gilmar Mendes, presidente do STF
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), aguarda uma formalização, por parte do governo, de convite para uma conversa entre a cúpula do partido e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele confirmou que, no início da semana, foi procurado pelo primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), para tratar do assunto.
Segundo Virgílio, o senador do PT propôs uma conversa institucional entre o PSDB e o presidente Lula para discutir a crise gerada nos Três Poderes em torno das denúncias de gravações clandestinas de conversas dos presidentes do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, e do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), e outros senadores, entre os quais Demóstenes Torres (DEM-GO), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Tião Viana e Arthur Virgílio. As informações são da Agência Brasil.
Interlocutor
"Ele (Tião Viana) me disse que estava preocupado e se sentindo desrespeitado com esses grampos", afirmou o líder do PSDB sobre sua conversa com o primeiro vice-presidente. Arthur Virgílio defendeu que o seu partido "não pode desdenhar de um assunto desse porte", e acrescentou que "o clima de confronto permanente é uma coisa que, se Tancredo Neves e Ulysses Guimarães fossem vivos, não aconselhariam".
Arthur Virgílio ainda advertiu para que, em um momento de crise como a gerada pela divulgação de grampos no STF, no Senado e até nos telefones que servem à chefia de gabinete do presidente da República, não haja qualquer resistência política da oposição numa eventual conversa com o presidente.
"Se vocês pegarem os meus pronunciamentos vão ver que não há ninguém no Senado que bata mais no governo do presidente Lula do que eu. No entanto, não quero ter uma relação de confronto com ninguém. Sou oposição ao governo, mas não estou de mal do presidente Lula", afirmou o líder do PSDB.
E mais...
- O ministro Paulo Vannucchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, disse que "há uma banalização dos grampos" telefônicos do País, o que ele considerou não ser "compatível com a democracia, com a liberdade, com os direitos humanos e que tem de ser corrigido".
- "Ninguém sabe dizer o número de telefones que estão sob escuta", disse ele, acreditando que "o Brasil vai aproveitar para tirar lições e criar leis e portarias internas que aperfeiçoem, para disciplinar e para que isso não prossiga desta forma. Não é admissível a idéia que os cidadãos não possam conversar livremente pelos seus telefones".
- O ministro Jorge Felix (Gabinete de Segurança Institucional) irá à Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional na próxima terça-feira para prestar esclarecimentos sobre a suspeita de que servidores da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) grampearam ilegalmente autoridades dos três Poderes.
- A Comissão tem como prerrogativa acompanhar e fiscalizar os órgãos de inteligência do governo federal. A Comissão Mista de Controle de Órgãos de Inteligência do Congresso Nacional foi criada junto com a Abin, em 1999, e funciona como órgão de controle externo das atividades da agência.
- A última vez que o grupo se reuniu, de acordo com histórico das atas do site do Senado, foi em abril de 2005. Naquele ano, os congressistas discutiram relatório da Abin que relatava doação de US$ 5 milhões das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) ao PT.
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