Em muitos casos, a proximidade entre candidato e eleitor conta no momento da definição do voto para vereador. E nem precisa ser amigo do candidato. Só o fato de ser "conhecido" já configura como critério para a escolha
Até as eleições municipais, nada menos que 838 candidatos a vereador em Fortaleza percorrerão as ruas da Capital em busca de votos. Propostas, promessas e algumas fórmulas mirabolantes costumam ser utilizadas para convencer o eleitor. Mas, afinal, como você decide em quem vai votar? O POVO fez essa pergunta a dezenas de cidadãos, para tentar descobrir os critérios que levam à escolha de apenas um entre tantos candidatos. "É claro que é com as propostas. Pra gente poder cobrar depois", garantiu o frentista Eduardo Fernandes, 32. Apesar da consciência política demonstrada, ele confessou que nunca foi à Câmara Municipal para acompanhar o trabalho dos vereadores.
Para o cientista político Francisco Moreira, o fato de os concorrentes à Câmara Municipal estarem proibidos pela Justiça de distribuir benefícios obrigou os eleitores a prestar mais atenção nas propostas. A tese também é confirmada pelo estudante Fábio Moreno, 18, morador do bairro Bom Jardim. Ele faz parte do movimento "Não dá Mais", que busca conscientizar os moradores acerca das características de maus políticos. Este ano, Fábio decidiu votar em um professor de História. "Comunista que nem eu", definiu o estudante. O critério para a escolha, segundo ele, foi a capacidade de diálogo que o candidato estabeleceu com a comunidade.
Em alguns casos, a relação de amizade entre o candidato e o eleitor é primordial para a escolha. O fato de ser ao menos "conhecido" também já configura um critério. O consultor de marcas Cristiano Gomes de Matos, 25, disse que irá votar no tio do namorado de sua irmã. "Eu não o conheço, mas o pessoal me falou dele", justificou Cristiano. Meio constrangido, o corretor de imóveis Alessandro Rocha disse que irá votar em um amigo. Questionado sobre o motivo do embaraço, ele tentou explicar que seu critério não é inferior ao dos outros. "Não vejo problema nenhum".
Para o cientista político Francisco Moreira, a proximidade entre candidato e eleitor é a principal peculiaridade das eleições para vereador. "O problema nessa situação é quando há troca, uma relação clientelista", explicou. A tese de que o chamado "vereador de bairro" vem perdendo força nas últimas eleições foi confirmada pela vendedora de pipoca Hosana de Souza, 44. "No meu bairro em época de eleições, os líderes comunitários prometem tudo, entram na casa da gente. Depois, nos esquecem", lamentou Hosana. Mas há também os que decidem em quem votar a partir do programa eleitoral gratuito. É o caso da vendedora de cordel Dulce Vieira, 25. "É difícil, mas você consegue perceber quem é convincente ou não".
E-Mais
O portal O POVO.com.br realizou enquete, entre 19 e 25 de agosto, para conhecer a opinião dos internautas sobre quais critérios são utilizados para definir o voto para vereador. Dos 659 participantes, 57,66% declararam que as propostas são o que mais influenciam. A proximidade do candidato foi apontada por 28,98%. Outros 10,47% disseram que irão votar num líder comunitário, enquanto 2,88% confirmaram a importância do horário eleitoral gratuito.
Até as eleições municipais, nada menos que 838 candidatos a vereador em Fortaleza percorrerão as ruas da Capital em busca de votos. Propostas, promessas e algumas fórmulas mirabolantes costumam ser utilizadas para convencer o eleitor. Mas, afinal, como você decide em quem vai votar? O POVO fez essa pergunta a dezenas de cidadãos, para tentar descobrir os critérios que levam à escolha de apenas um entre tantos candidatos. "É claro que é com as propostas. Pra gente poder cobrar depois", garantiu o frentista Eduardo Fernandes, 32. Apesar da consciência política demonstrada, ele confessou que nunca foi à Câmara Municipal para acompanhar o trabalho dos vereadores.
Para o cientista político Francisco Moreira, o fato de os concorrentes à Câmara Municipal estarem proibidos pela Justiça de distribuir benefícios obrigou os eleitores a prestar mais atenção nas propostas. A tese também é confirmada pelo estudante Fábio Moreno, 18, morador do bairro Bom Jardim. Ele faz parte do movimento "Não dá Mais", que busca conscientizar os moradores acerca das características de maus políticos. Este ano, Fábio decidiu votar em um professor de História. "Comunista que nem eu", definiu o estudante. O critério para a escolha, segundo ele, foi a capacidade de diálogo que o candidato estabeleceu com a comunidade.
Em alguns casos, a relação de amizade entre o candidato e o eleitor é primordial para a escolha. O fato de ser ao menos "conhecido" também já configura um critério. O consultor de marcas Cristiano Gomes de Matos, 25, disse que irá votar no tio do namorado de sua irmã. "Eu não o conheço, mas o pessoal me falou dele", justificou Cristiano. Meio constrangido, o corretor de imóveis Alessandro Rocha disse que irá votar em um amigo. Questionado sobre o motivo do embaraço, ele tentou explicar que seu critério não é inferior ao dos outros. "Não vejo problema nenhum".
Para o cientista político Francisco Moreira, a proximidade entre candidato e eleitor é a principal peculiaridade das eleições para vereador. "O problema nessa situação é quando há troca, uma relação clientelista", explicou. A tese de que o chamado "vereador de bairro" vem perdendo força nas últimas eleições foi confirmada pela vendedora de pipoca Hosana de Souza, 44. "No meu bairro em época de eleições, os líderes comunitários prometem tudo, entram na casa da gente. Depois, nos esquecem", lamentou Hosana. Mas há também os que decidem em quem votar a partir do programa eleitoral gratuito. É o caso da vendedora de cordel Dulce Vieira, 25. "É difícil, mas você consegue perceber quem é convincente ou não".
E-Mais
O portal O POVO.com.br realizou enquete, entre 19 e 25 de agosto, para conhecer a opinião dos internautas sobre quais critérios são utilizados para definir o voto para vereador. Dos 659 participantes, 57,66% declararam que as propostas são o que mais influenciam. A proximidade do candidato foi apontada por 28,98%. Outros 10,47% disseram que irão votar num líder comunitário, enquanto 2,88% confirmaram a importância do horário eleitoral gratuito.
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