Obviedades e esquisitices na estréia da campanha na TV
Nomes exóticos, propostas descabidas e algumas tentativas de fugir do lugar comum marcam o primeiro dia de horário eleitoral de rádio e televisão em Fortaleza
Começou ontem a propaganda eleitoral de rádio e televisão, com a campanha dos candidatos a vereador. Com a repetição de velhas fórmulas, algumas promessas esdrúxulas e muitos personagens pitorescos, os programas ficaram muito abaixo do padrão de qualidade que é esperado para hoje - pelo menos no caso das coligações que prevêem gastos milionários - quando começa a campanha eletrônica dos candidatos a prefeito.
Como de costume, muitos nomes exóticos e propostas que passam longe das atribuições de um vereador: escolas em tempo integral, mudanças no funcionamento de postos de saúde, até a instalação de cabines blindadas em ônibus e a criação de um cartão para jovens, que teriam direito a R$ 200,00 por mês, como remuneração por estágios.
Alguns partidos até tentaram fugir da idéia de "santinho eletrônico" - na qual o candidato aparece, acompanhado de seu número, e fala uma ou duas frases. Quem mais inovou foi o PSB, que abriu o horário eleitoral. Com texto apresentado por locutores, tendo imagens externas ao fundo, foram destacadas as diretrizes programáticas da legenda, além de menção às gestões Cid Gomes (PSB) e Luizianne Lins (PT). Os candidatos a vereador apareceram juntos, em imagem externa, mas, pelo menos no primeiro dia, não houve referência ao nome ou número de nenhum deles.
O PV também optou por apresentar os princípios gerais da legenda. Em seguida, apareceram os candidatos, com as respectivas imagens e fotos, com um locutor dizendo o nome de cada um.
Houve também quem apelasse para o apoio de políticos de renome para atrair voto para os vereadores. No horário do PR, apareceu o ex-governador Lúcio Alcântara pedindo voto para os candidatos do partido, que falaram em seguida. O senador Inácio Arruda fez o mesmo papel no programa do PCdoB. E o candidato Ibernon Monteiro (PRP) levou seu cabo eleitoral particular: apareceu ao seu lado o goleiro do Ceará, Adilson.
Já no tempo destinado ao PSol, um modelo misto: João Alfredo, nome mais conhecido da legenda, e também candidato a vereador, apresentou as posições do partido e pediu voto no número da legenda, enquanto apareciam, ao fundo, fotos dos demais candidatos. No fim, foi a vez da ex-senadora Heloísa Helena pedir voto aos candidatos do PSol.
Prefeito
Foram também utilizados mecanismos distintos para fazer menção aos candidatos a prefeito. Nas coligações que apóiam Moroni Torgan (DEM) e Patrícia Saboya (PDT), aparecia o nome e número dos candidatos majoritários ao fundo. Na propaganda dos partidos que apóiam Luizianne, aparecia a imagem da candidata à reeleição ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Cid Gomes (PSB). Adahil Barreto (PR) e Aguiar Júnior (PTC) também apareceram, em fotos, ao fundo, durante a fala dos candidatos a vereador, enquanto, na propaganda de Luiz Gastão, era mostrado o nome e número do candidato.
O modelo mais inusitado foi adotado pelo pastor Neto Nunes (PSC). Logo no início do tempo destinado à coligação PSC/PRP, os candidatos eram apresentados como "os vereadores que ajudarão a implantar o Saúde no Quarteirão", carro-chefe do programa de governo do candidato a prefeito - que consiste numa adaptação do Ronda do Quarteirão do Governo do Estado para a área de saúde. Enquanto os candidatos a vereador falavam, aparecia, de um lado, o pastor Neto Nunes. Do outro, a foto de uma ambulância customizada do "Saúde no Quarteirão.
EMAIS
TV sem imagem
- Na campanha no rádio, que, muitas vezes, tem até maior capilaridade e abrangência que a propaganda televisiva, muitas coligações repetiram os erros de eleições passadas, limitando-se a reprisar o som que é exibido na TV, com a diferença da ausência de imagem.
- O que fez com que, por exemplo, no horário reservado ao PCdoB, em nenhum momento fosse dito que era o senador Inácio Arruda que abria o programa. E, no programa do PSol, também não era citado o nome da ex-senadora Heloísa Helena. Na TV, além da imagem, havia a legenda identificando-os. No rádio, ou eram reconhecidos pela voz ou passavam por anônimos.
- O rádio recebeu destaque tão secundário para alguns que PTC, PCB, PRTB e a coligação PSC-PRP nem sequer apresentaram seus programas. O tempo foi ocupado pela vinheta da Justiça Eleitoral.
Como de costume, muitos nomes exóticos e propostas que passam longe das atribuições de um vereador: escolas em tempo integral, mudanças no funcionamento de postos de saúde, até a instalação de cabines blindadas em ônibus e a criação de um cartão para jovens, que teriam direito a R$ 200,00 por mês, como remuneração por estágios.
Alguns partidos até tentaram fugir da idéia de "santinho eletrônico" - na qual o candidato aparece, acompanhado de seu número, e fala uma ou duas frases. Quem mais inovou foi o PSB, que abriu o horário eleitoral. Com texto apresentado por locutores, tendo imagens externas ao fundo, foram destacadas as diretrizes programáticas da legenda, além de menção às gestões Cid Gomes (PSB) e Luizianne Lins (PT). Os candidatos a vereador apareceram juntos, em imagem externa, mas, pelo menos no primeiro dia, não houve referência ao nome ou número de nenhum deles.
O PV também optou por apresentar os princípios gerais da legenda. Em seguida, apareceram os candidatos, com as respectivas imagens e fotos, com um locutor dizendo o nome de cada um.
Houve também quem apelasse para o apoio de políticos de renome para atrair voto para os vereadores. No horário do PR, apareceu o ex-governador Lúcio Alcântara pedindo voto para os candidatos do partido, que falaram em seguida. O senador Inácio Arruda fez o mesmo papel no programa do PCdoB. E o candidato Ibernon Monteiro (PRP) levou seu cabo eleitoral particular: apareceu ao seu lado o goleiro do Ceará, Adilson.
Já no tempo destinado ao PSol, um modelo misto: João Alfredo, nome mais conhecido da legenda, e também candidato a vereador, apresentou as posições do partido e pediu voto no número da legenda, enquanto apareciam, ao fundo, fotos dos demais candidatos. No fim, foi a vez da ex-senadora Heloísa Helena pedir voto aos candidatos do PSol.
Prefeito
Foram também utilizados mecanismos distintos para fazer menção aos candidatos a prefeito. Nas coligações que apóiam Moroni Torgan (DEM) e Patrícia Saboya (PDT), aparecia o nome e número dos candidatos majoritários ao fundo. Na propaganda dos partidos que apóiam Luizianne, aparecia a imagem da candidata à reeleição ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Cid Gomes (PSB). Adahil Barreto (PR) e Aguiar Júnior (PTC) também apareceram, em fotos, ao fundo, durante a fala dos candidatos a vereador, enquanto, na propaganda de Luiz Gastão, era mostrado o nome e número do candidato.
O modelo mais inusitado foi adotado pelo pastor Neto Nunes (PSC). Logo no início do tempo destinado à coligação PSC/PRP, os candidatos eram apresentados como "os vereadores que ajudarão a implantar o Saúde no Quarteirão", carro-chefe do programa de governo do candidato a prefeito - que consiste numa adaptação do Ronda do Quarteirão do Governo do Estado para a área de saúde. Enquanto os candidatos a vereador falavam, aparecia, de um lado, o pastor Neto Nunes. Do outro, a foto de uma ambulância customizada do "Saúde no Quarteirão.
EMAIS
TV sem imagem
- Na campanha no rádio, que, muitas vezes, tem até maior capilaridade e abrangência que a propaganda televisiva, muitas coligações repetiram os erros de eleições passadas, limitando-se a reprisar o som que é exibido na TV, com a diferença da ausência de imagem.
- O que fez com que, por exemplo, no horário reservado ao PCdoB, em nenhum momento fosse dito que era o senador Inácio Arruda que abria o programa. E, no programa do PSol, também não era citado o nome da ex-senadora Heloísa Helena. Na TV, além da imagem, havia a legenda identificando-os. No rádio, ou eram reconhecidos pela voz ou passavam por anônimos.
- O rádio recebeu destaque tão secundário para alguns que PTC, PCB, PRTB e a coligação PSC-PRP nem sequer apresentaram seus programas. O tempo foi ocupado pela vinheta da Justiça Eleitoral.
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