Até a última eleição no Ceará, a principal preocupação era com a segurança
As recentes pesquisas contratadas pelo Diário do Nordeste ao Ibope sobre a disputa eleitoral nos municípios de Crato e Itapipoca e as da TV Verdes Mares em Fortaleza, têm revelado muito mais do que as preferências dos eleitores para as respectivas Prefeituras. De acordo com os números dessas pesquisas, as preocupações da população mudaram.
Agora a saúde é a prioridade, lugar que, antes, era da segurança pública. Na Capital, foram entrevistados 805 eleitores, no Crato, 301, e em Itapipoca também 301. 70%, 65% e 56%, respectivamente, definem a saúde pública como o problema de maior gravidade do município. Fator que para o sociólogo Rosendo Amorin, professor do curso de Ciências Sociais da Universidade de Fortaleza (Unifor), não é nenhuma surpresa, considerando os acontecimentos dos últimos dois anos no País.
Para compreender melhor os motivos da mudança, segundo o sociólogo, primeiro, é preciso saber os motivos de a violência ter sido prioridade por tanto tempo e de ter perdido seu posto, mesmo com tanta violência existindo. De acordo com Rosendo, desde o início da década de 90, o Brasil vivia uma crise socio-econômica, apresentando um crescimento econômico real somente em 2008. O fato é que ´crises assim geram outros problemas como o desemprego e, consequentemente, a falta de perspectiva para nossos jovens e a desesperança para os chefes de família. Levando aquilo que eles vêem como última saída, a violência´, explicou.
Ainda de acordo com o sociólogo, essa situação perdurou até as eleições governamentais de 2006, no Ceará, quando o governador Cid Gomes (PSB) foi eleito. Ele explica que, a partir do momento em que ´as pessoas passaram a ter, minimamente, a sensação de segurança, elas passaram a priorizar o problema mais iminente. Neste caso, a saúde´. Mas ressalta, o problema da violência não está completamente resolvido, o que há é apenas uma ´sensação de segurança´.
Repercussão
Rosendo Amorin afirma que há diversos motivos para a saúde ser a nova prioridade da população. Uma delas foi a repercussão das greves de médicos do Instituto Doutor José Frota (IJF), em fevereiro deste ano, posto que muitos dependem do atendimento público em geral. O outro fator está diretamente ligado ao primeiro, ´saúde é um item caro, além de ser um problema imediato´, destacou o professor. Mas, para ele, o principal motivo ainda é o fato de a população ter uma concepção de saúde equivocada, ´acham que saúde é hospital, é remédio. Não percebem que também é alimentação, é prevenção, é higiene. A educação poderia mudar esse quadro´.
No Interior, além de todos os itens acima, o sociólogo acrescentou ´a falta de estrutura e de investimentos´, que faz com que as pessoas tenham de se deslocar até a Capital, ´ocasionando um maior custo e mais desgaste para o doente´, afirmou. E os candidatos a prefeitura de Fortaleza, do Crato e de Itapipoca já perceberam essa nova prioridade. Na propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão da Capital, por exemplo, o postulante Pastor Neto (PSC) afirmou que, se eleito, vai criar o ´saúde do quarteirão´. E Luizianne Lins (PT) garante que o Hospital da Mulher terá 1ª etapa inaugurada em dezembro, além de rebater críticas na área da saúde. Patrícia Saboya e Moroni Torgan, também enfatizam a questão da saúde pública.
Na pesquisa em Fortaleza, a segurança está ocupando a segunda posição com 45% e o desemprego vem logo atrás com 43%. No Crato, a segurança também está em segundo, com 37%, mas a terceira, diferente da Capital, é a rede de esgoto com 28%. Em Itapipoca a segurança também está com 25% empatada com a educação.
As recentes pesquisas contratadas pelo Diário do Nordeste ao Ibope sobre a disputa eleitoral nos municípios de Crato e Itapipoca e as da TV Verdes Mares em Fortaleza, têm revelado muito mais do que as preferências dos eleitores para as respectivas Prefeituras. De acordo com os números dessas pesquisas, as preocupações da população mudaram.
Agora a saúde é a prioridade, lugar que, antes, era da segurança pública. Na Capital, foram entrevistados 805 eleitores, no Crato, 301, e em Itapipoca também 301. 70%, 65% e 56%, respectivamente, definem a saúde pública como o problema de maior gravidade do município. Fator que para o sociólogo Rosendo Amorin, professor do curso de Ciências Sociais da Universidade de Fortaleza (Unifor), não é nenhuma surpresa, considerando os acontecimentos dos últimos dois anos no País.
Para compreender melhor os motivos da mudança, segundo o sociólogo, primeiro, é preciso saber os motivos de a violência ter sido prioridade por tanto tempo e de ter perdido seu posto, mesmo com tanta violência existindo. De acordo com Rosendo, desde o início da década de 90, o Brasil vivia uma crise socio-econômica, apresentando um crescimento econômico real somente em 2008. O fato é que ´crises assim geram outros problemas como o desemprego e, consequentemente, a falta de perspectiva para nossos jovens e a desesperança para os chefes de família. Levando aquilo que eles vêem como última saída, a violência´, explicou.
Ainda de acordo com o sociólogo, essa situação perdurou até as eleições governamentais de 2006, no Ceará, quando o governador Cid Gomes (PSB) foi eleito. Ele explica que, a partir do momento em que ´as pessoas passaram a ter, minimamente, a sensação de segurança, elas passaram a priorizar o problema mais iminente. Neste caso, a saúde´. Mas ressalta, o problema da violência não está completamente resolvido, o que há é apenas uma ´sensação de segurança´.
Repercussão
Rosendo Amorin afirma que há diversos motivos para a saúde ser a nova prioridade da população. Uma delas foi a repercussão das greves de médicos do Instituto Doutor José Frota (IJF), em fevereiro deste ano, posto que muitos dependem do atendimento público em geral. O outro fator está diretamente ligado ao primeiro, ´saúde é um item caro, além de ser um problema imediato´, destacou o professor. Mas, para ele, o principal motivo ainda é o fato de a população ter uma concepção de saúde equivocada, ´acham que saúde é hospital, é remédio. Não percebem que também é alimentação, é prevenção, é higiene. A educação poderia mudar esse quadro´.
No Interior, além de todos os itens acima, o sociólogo acrescentou ´a falta de estrutura e de investimentos´, que faz com que as pessoas tenham de se deslocar até a Capital, ´ocasionando um maior custo e mais desgaste para o doente´, afirmou. E os candidatos a prefeitura de Fortaleza, do Crato e de Itapipoca já perceberam essa nova prioridade. Na propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão da Capital, por exemplo, o postulante Pastor Neto (PSC) afirmou que, se eleito, vai criar o ´saúde do quarteirão´. E Luizianne Lins (PT) garante que o Hospital da Mulher terá 1ª etapa inaugurada em dezembro, além de rebater críticas na área da saúde. Patrícia Saboya e Moroni Torgan, também enfatizam a questão da saúde pública.
Na pesquisa em Fortaleza, a segurança está ocupando a segunda posição com 45% e o desemprego vem logo atrás com 43%. No Crato, a segurança também está em segundo, com 37%, mas a terceira, diferente da Capital, é a rede de esgoto com 28%. Em Itapipoca a segurança também está com 25% empatada com a educação.
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