
Na volta ao Brasil, César Cielo pede mais competições e dedica medalha ao avô
Campeão acha que a natação no país só vai decolar com mais disputas internas. Avô morto no mês passado foi homenageado pelo nadador
Na primeira entrevista que concedeu ao chegar ao Brasil, o campeão olímpico César Cielo, vencedor dos 50m nado livre em Pequim, pediu mais investimento ao esporte no país. Para ele, somente com o aumento no número e no nível das competições locais é que a natação brasileira poderá brigar por mais vitórias, medalhas e recordes.
- Tudo o que falta no Brasil é competição. Nas competições nos EUA (onde treina), eu olho para o lado e está o Phelps (dono de oito ouros nas Olimpíadas). Aí você se acostuma a competir com os melhores. No Brasil temos competições boas, mas é diferente do nível do exterior - diz Cielo.
Acompanhe abaixo os principais trechos da entrevista que César concedeu ainda no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo.
MORTE DO AVÔ
“É uma pena receber uma notícia dessas assim, mas tenho certeza que ele (o avô Alcides faleceu em julho vítima de Mal de Alzheimer, mas a família não contou antes para não atrapalhar a sua concentração antes dos Jogos) está feliz onde está. Dedico esta medalha ao meu avô, aos meus pais e a todos que me ajudaram.”
NATAÇÃO BRASILEIRA
“Tudo o que falta no Brasil é competição. Nas competições nos EUA (onde treina há três anos), eu olho para o lado e está o Phelps (dono de oito ouros nessas Olimpíadas). Aí você se acostuma a competir com os melhores. No Brasil temos competições boas, mas é diferente do nível do exterior. No meu caso, qualquer centésimo vale muito. E se os patrocinadores olharem com mais carinho, a nossa natação tem tudo para dar um salto enorme.”
PAPO COM PHELPS ANTES DO OURO
“Não somos amigos, mas sempre nos encontramos nos Grand Prix e acabamos nos conhecendo. Aí, depois da sétima medalha dele e antes da minha final, a gente se cruzou e eu fiz uma brincadeira. Disse a ele que quase que o sétimo ouro não vem. E ele devolveu falando que foi por um centésimo. Aí, mandou eu bater forte com a mão na raia quando chegasse.”
SONHO REALIZADO
“Foi uma conquista muito difícil. É um sonho realizado. Mas daqui para frente não é só a medalha. Estou pronto para qualquer coisa.”
FUTURO
“Vou analisar propostas, conversar com o Pinheiros... Mas é hora de descansar um pouco, pensar no futuro. Dei um salto na minha vida.”
PRÓXIMA COMPETIÇÃO
“Vou disputar o Finkel (o torneio José Finkel será no Corinthians entre 2 e 7 de setembro).”
PRÓXIMAS METAS
“O ouro veio, mas quero baixar meu tempo cada vez mais. O mais difícil não é ganhar dos outros, e sim de si próprio. O nadador conhece o seu limite, e a natação é uma luta diária. Cada vez mais vão aparecer dificuldades. É preciso acreditar sempre. Espero que seja o começo de uma carreira de muitos recordes.”
Campeão acha que a natação no país só vai decolar com mais disputas internas. Avô morto no mês passado foi homenageado pelo nadador
Na primeira entrevista que concedeu ao chegar ao Brasil, o campeão olímpico César Cielo, vencedor dos 50m nado livre em Pequim, pediu mais investimento ao esporte no país. Para ele, somente com o aumento no número e no nível das competições locais é que a natação brasileira poderá brigar por mais vitórias, medalhas e recordes.
- Tudo o que falta no Brasil é competição. Nas competições nos EUA (onde treina), eu olho para o lado e está o Phelps (dono de oito ouros nas Olimpíadas). Aí você se acostuma a competir com os melhores. No Brasil temos competições boas, mas é diferente do nível do exterior - diz Cielo.
Acompanhe abaixo os principais trechos da entrevista que César concedeu ainda no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo.
MORTE DO AVÔ
“É uma pena receber uma notícia dessas assim, mas tenho certeza que ele (o avô Alcides faleceu em julho vítima de Mal de Alzheimer, mas a família não contou antes para não atrapalhar a sua concentração antes dos Jogos) está feliz onde está. Dedico esta medalha ao meu avô, aos meus pais e a todos que me ajudaram.”
NATAÇÃO BRASILEIRA
“Tudo o que falta no Brasil é competição. Nas competições nos EUA (onde treina há três anos), eu olho para o lado e está o Phelps (dono de oito ouros nessas Olimpíadas). Aí você se acostuma a competir com os melhores. No Brasil temos competições boas, mas é diferente do nível do exterior. No meu caso, qualquer centésimo vale muito. E se os patrocinadores olharem com mais carinho, a nossa natação tem tudo para dar um salto enorme.”
PAPO COM PHELPS ANTES DO OURO
“Não somos amigos, mas sempre nos encontramos nos Grand Prix e acabamos nos conhecendo. Aí, depois da sétima medalha dele e antes da minha final, a gente se cruzou e eu fiz uma brincadeira. Disse a ele que quase que o sétimo ouro não vem. E ele devolveu falando que foi por um centésimo. Aí, mandou eu bater forte com a mão na raia quando chegasse.”
SONHO REALIZADO
“Foi uma conquista muito difícil. É um sonho realizado. Mas daqui para frente não é só a medalha. Estou pronto para qualquer coisa.”
FUTURO
“Vou analisar propostas, conversar com o Pinheiros... Mas é hora de descansar um pouco, pensar no futuro. Dei um salto na minha vida.”
PRÓXIMA COMPETIÇÃO
“Vou disputar o Finkel (o torneio José Finkel será no Corinthians entre 2 e 7 de setembro).”
PRÓXIMAS METAS
“O ouro veio, mas quero baixar meu tempo cada vez mais. O mais difícil não é ganhar dos outros, e sim de si próprio. O nadador conhece o seu limite, e a natação é uma luta diária. Cada vez mais vão aparecer dificuldades. É preciso acreditar sempre. Espero que seja o começo de uma carreira de muitos recordes.”
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