Quanto valem os vices
Nas três candidaturas que lideram as pesquisas de intenção de voto, vices com perfis bem diferentes assumem papéis estratégicos na disputa eleitoral em FortalezaNão é só de candidato a prefeito que se vive uma candidatura majoritária municipal. A figura que aparece ao lado dos postulantes a prefeito têm sua parcela de contribuição, geralmente, por trás dos holofotes. Seja como formulador de políticas públicas, articulador político ou trunfo para estruturar uma campanha, os candidatos a vice podem ser decisivos na corrida eleitoral.
Presidente da Câmara Municipal desde 2005, Tin Gomes (PHS) foi anunciado oficialmente na última quinta-feira como o vice na chapa encabeçada por Luizianne Lins (PT). Sua escolha foi motivo de muita polêmica e, por causa da indefinição, a prefeita teve até a candidatura á reeleição ameaçada. Mais do que uma mera figura ao lado da candidata em seu material de campanha, Tin tem o papel de importante articulador político, tanto com vereadores quanto com legendas aliadas.
Na manhã seguinte ao seu anúncio como vice, Tin se reuniu com 417 candidatos a vereador. O assunto do encontro foi a estratégia para atrelar as campanhas proporcionais às majoritárias. "Cansei de dizer que ele (candidato) tem que ter a capacidade de convencer o eleitor a votar nele e no candidato dele a prefeito", disse. Por conta da grande ligação com os vereadores, Tin também substituirá Luizianne em atos em que a prefeita não possa comparecer, como as caminhadas dos candidatos proporcionais.
O vice da candidata Patrícia Saboya (PDT), Antenor Naspolini (PSDB), faz mais o papel de conselheiro político e elaborador de políticas públicas para a educação. Secretário da Educação durante dois mandatos de Tasso Jereissati (PSDB) no Governo do Estado, ele admite, em caso de vitória, assumir um "compromisso mais sério" na Pasta.
Estreante em campanhas políticas, Alexandre Pereira (PP) é novo na política partidária. Ele acumula a coordenação da campanha de Moroni Torgan (DEM) e a candidatura de vice na chapa. O ex-presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC) foi o homem capaz de captar uma parcela do empresariado para o lado da candidatura do DEM, que está mais "encorpada" em relação às cifras. Em 2004, a previsão de gastos da candidatura de Moroni foi de R$ 2 milhões. Já para este ano, foram previstos R$ 9 milhões.
"Uma vez um jornalista brincou comigo, que eu vim fazer o efeito José Alencar com o Moroni", disse, referindo-se ao vice do presidente Lula (PT), que atuou para vencer resistências que existiam ao suposto radicalismo petista. Empresário do setor de panificação, Pereira explicou que o mesmo grupo que integrava o CIC, formado por empresários e profissionais liberais, se articula para angariar fundos e levaram Moroni a um tipo de público que não o conhecia.
AQUI VOCÊ SOUBE ANTES
O POVO antecipou as definições sobre os vices das três principais candidaturas em Fortaleza
Em 1º de março, O POVO informou que o PP, que cogitava a candidatura própria, foi convidado para indicar o candidato vice de Moroni Torgan (DEM). A confirmação oficial veio na semana seguinte.
No dia 2 de junho, durante participação no programa Jogo Político, na TV O POVO, surge pela primeira vez o nome de Antenor Naspolini para a vice de Patrícia Saboya (PDT), citado pelo secretário-geral do PSDB, Maia Júnior. Em 5 de junho, O POVO publica a confirmação: Naspolini é o vice da chapa pedetista.
No dia 24 de julho, O POVO antecipa que, com o fim da polêmica jurídica envolvendo a convenção que homologou sua candidatura, a prefeita Luizianne Lins (PT) já preparava o anúncio da substituição de Raimundo Ângelo (PT) por Tin Gomes (PHS) como vice de sua chapa. No mesmo dia, O POVO informa que Tin deveria ser anunciado vice até o fim daquele mês. A confirmação oficial veio no dia 30 de julho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário